Obras avançam no trecho paraguaio do Corredor Bioceânico com frentes ativas e base quase concluída
Lote 3 da rodovia PY-15, entre Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, já tem mais de 15 mil toneladas de material estocado e 20 km em execução

O Corredor Bioceânico segue tomando forma no Paraguai. No Lote 3 da rodovia PY-15, as obras avançam com diversas frentes ativas e o principal canteiro de apoio em fase final de estruturação.
Localizado no Cruzamento Don Silvio, o acampamento que servirá de base para a equipe de execução já está com 95% das obras concluídas e terá capacidade para abrigar mais de 300 trabalhadores.
A movimentação intensa no local reforça o protagonismo do trecho que conecta os quilômetros 215 ao 270 da via, numa área considerada estratégica para o escoamento futuro da produção dos países do centro-sul do continente rumo ao Pacífico.
Segundo dados técnicos, mais de 15 mil toneladas de pedra já foram armazenadas para compor a estrutura da pista.
Além da terraplenagem, estão em andamento serviços de desmate, limpeza da faixa de domínio, movimentação de bueiros e substituição de cercas. A reposição de alambrados é realizada em articulação com comunidades lindeiras, buscando minimizar os impactos da obra no cotidiano local.
O contrato prevê 6 meses de elaboração do projeto, 24 meses de execução das obras e 96 meses de manutenção da infraestrutura viária. Desde abril de 2024, cerca de 20 quilômetros já passaram por intervenção direta.
Conexão estratégica com o Brasil e o Chile
O Corredor Bioceânico no Paraguai abrange um total de 224 quilômetros, distribuídos em quatro lotes. Além do Lote 3, os outros trechos estão a cargo de diferentes consórcios: o Consórcio del Pacífico (Lote 1), o Consórcio Chaqueño del Norte (Lote 2) e o Consórcio TCR (Lote 4).
O projeto prevê ainda a construção de acessos, vias marginais e travessias urbanas em municípios como Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo — ambos próximos à fronteira com a Bolívia e o Brasil.
As obras são financiadas pelo Fonplata (Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata) e fazem parte da estratégia de integração logística que visa reduzir custos e tempo de transporte entre o centro da América do Sul e os portos do norte do Chile.
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