• Campo Grande, 04/08/2025
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Ponte que liga MS ao Paraguai deve ser concluída ano que vem


Ponte que liga MS ao Paraguai deve ser concluída ano que vem (Foto: Mairinco de Pauda/Semadesc)

O sonho de décadas de construir uma ponte internacional que
conecte Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, ao município de Carmelo Peralta,
no Paraguai, está prestes a se tornar realidade. Com 1.294 metros de extensão e
21 metros de largura, a obra já atingiu 75% de execução e está prevista para
ser concluída no segundo semestre de 2026. Além disso, as obras de acesso à
estrutura, que se estendem por cerca de 13 quilômetros em território
brasileiro, devem ser entregues até o fim do mesmo ano. Essas atualizações nos
prazos foram apresentadas durante a 10ª Reunião da Comissão Mista da Ponte
Bioceânica, realizada em Porto Murtinho.

Durante o encontro, foi destacado que o acesso rodoviário,
com 13,1 km, está com aproximadamente 17% pronto. Nesse trecho, estão sendo
construídas quatro pontes intermediárias, uma delas com quase 700 metros de
extensão, para permitir a travessia de uma área alagada.

 A estrutura estaiada é considerada uma peça-chave para a
consolidação do Corredor Rodoviário de Capricórnio, também conhecido como Rota
Bioceânica. Este corredor liga os portos do norte do Chile (Antofagasta e
Iquique), passando por Paraguai e Argentina, até os portos brasileiros, como o
de Porto Murtinho e, futuramente, outros na costa atlântica.

 Além da ponte e dos acessos, está prevista a construção de
infraestruturas alfandegárias integradas nos dois lados da fronteira. Segundo a
Receita Federal, o fluxo inicial estimado é de 250 caminhões por dia, número
que poderá aumentar à medida que a rota se consolidar como uma alternativa
logística de exportação e importação para o Mercosul e a Ásia.

 A Rota Bioceânica é um corredor rodoviário internacional que
se estende por mais de 2.400 km, conectando os oceanos Atlântico e Pacífico,
através do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Esta iniciativa visa reduzir o
tempo e o custo do transporte de mercadorias entre os países do Mercosul e os
mercados asiáticos, utilizando os portos do norte do Chile. A expectativa é de
uma redução de até 30% nos custos logísticos e de 15 dias no tempo de
transporte em comparação com a rota marítima tradicional pelo Canal do Panamá.

A conclusão desta ponte e a implementação completa da Rota
Bioceânica prometem transformar significativamente o cenário logístico da
região, oferecendo novas oportunidades de comércio e desenvolvimento econômico.




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