As obras do Lote 4 do Trecho 3 do Corredor Bioceânico seguem em ritmo constante no Paraguai e já atingem 14% de execução física. O trecho, situado entre Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, no departamento de Boquerón, conta com quase 200 trabalhadores distribuídos em diversas frentes simultâneas, reforçando o comprometimento com os prazos e a qualidade da infraestrutura.

Atualmente, os serviços em campo incluem a preparação da base, instalação de bueiros, terraplenagem, drenagem, segurança viária e manutenção de vias internas. A segunda camada de solo tratado com cimento está programada para iniciar ainda em julho. Já a primeira aplicação de asfalto deve ocorrer entre o fim de agosto e o início de setembro, conforme o cronograma estabelecido pelo Consórcio TCR, responsável pela execução do lote.

No quilômetro 301, um dos pontos mais ativos da obra, estão em andamento os trabalhos de pré-mistura de cimento ao solo. “Temos quase todo o trecho preparado, com cinco quilômetros prontos para iniciar a mistura”, afirmou Víctor Fariña, encarregado do Lote 4. Para ele, participar da obra tem significado especial por acontecer em um território de memória histórica, marcado por conflitos passados.

Já no quilômetro 305, outros 2,5 quilômetros de camada estabilizada foram concluídos. Segundo Jorge Muñoz, também à frente das equipes, mais de 120 profissionais estão envolvidos diretamente nessa frente, entre operadores de máquinas, motoristas e equipes técnicas. “Estamos simultaneamente tocando o aterro e a movimentação de solo”, detalhou.

A Seção 3 do Corredor Bioceânico tem 224 quilômetros e está dividida em quatro lotes: o Lote 1 é executado pelo Consórcio Pacífico; o Lote 2 pelo Consórcio Chaco Norte; o Lote 3 pela CDD Construcciones SA; e o Lote 4 pelo Consórcio TCR. Todo o projeto é promovido pelo Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC) do Paraguai, com financiamento do FONPLATA – Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata.

O Corredor Bioceânico é um corredor internacional estratégico, que integrará Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Além de reforçar a conectividade da América do Sul, a obra posiciona o Chaco paraguaio como um novo polo logístico e vetor de desenvolvimento econômico no Cone Sul.