Com trajetória entre Manchete, Globo e turismo, fotógrafo João Miguel Junior enxerga no Corredor Bioceânico nova fronteira para a imagem brasileira

Com uma carreira que atravessa o jornalismo impresso, a televisão e a fotografia institucional, João Miguel Junior é um nome reconhecido nos bastidores da imagem pública brasileira. Do início na icônica revista Manchete, passando por duas décadas na TV Globo e chegando à atual atuação na Secretaria de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, sua trajetória reflete não apenas versatilidade, mas um olhar treinado para capturar o espírito do tempo.
“Comecei minha carreira na Manchete, fazendo cobertura jornalística e fotografando autoridades, inclusive presidentes da República. Foi uma fase marcante, de muito aprendizado e vivência nas ruas”, recorda João, ao relembrar os primeiros passos no fotojornalismo. Na sequência, mergulhou no universo televisivo, tornando-se fotógrafo still da Globo. “Lá, tive a oportunidade de cobrir mais de 125 novelas, cuidando de registros de bastidores, imagens promocionais, publicitárias e de divulgação”, diz ele.
Entre tantos projetos, Pantanal ocupa lugar especial em sua memória. “Uma das experiências mais marcantes foi com Pantanal, primeiro na versão original, ainda na Manchete, e depois no remake da Globo. Fechou um ciclo importante na minha história profissional”, afirma.
Hoje, João Miguel atua como fotógrafo oficial da Secretaria de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, acompanhando o secretário Gustavo Tutuca em ações institucionais. O olhar apurado que desenvolveu ao longo dos anos agora se volta também ao Corredor Bioceânico, projeto que liga o Brasil ao Oceano Pacífico por meio de uma rota terrestre passando por Paraguai, Argentina e Chile.
“Como alguém que tem uma trajetória construída entre o fotojornalismo, a televisão e o turismo, vejo o Corredor Bioceânico como uma oportunidade incrível, não só do ponto de vista logístico e econômico, mas também como uma nova rota de narrativas visuais e culturais”, avalia.
Para ele, o corredor abre portas para uma documentação ainda inexplorada. “Essa rota atravessa regiões que muitas vezes não estão no foco da grande mídia nem dos roteiros turísticos populares. Justamente por isso, carrega um potencial riquíssimo para o audiovisual”, afirma João, que defende um olhar sensível e atento sobre as populações e paisagens do interior da América do Sul.
“Falo isso com a sensibilidade de quem começou cobrindo realidades diversas do Brasil, depois mergulhei por duas décadas nos bastidores da teledramaturgia, e hoje acompanho como a imagem pública impacta o olhar das pessoas no turismo institucional”, complementa.
Para além da logística e da integração econômica, João Miguel acredita que o Corredor Bioceânico representa um território a ser explorado artisticamente. “É uma nova fronteira de possibilidades para quem trabalha com imagem, seja na fotografia, no vídeo, na comunicação ou no turismo”, conclui.
Acompanhe o trabalho do fotógrafo João Miguel Junior pelo instagram @joaomigueljr_photos
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